Estabilização de taludes com bactérias

Engenheiros Civis suíços desenvolvem técnica de estabilização de taludes com bactérias
Estabilização de Taludes com bactérias

Técnica inovadora de estabilização de taludes e desenvolvida por investigadores do Laboratório de Mecânica dos Solos da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), que utiliza cimento bacteriano para tornar os taludes mais resistentes e menos suscetíveis à erosão.

O cimento é obtido através de uma mistura de ureia, cálcio e bactérias naturalmente presentes nos solos e está a ser pela primeira vez testado, num projeto piloto de estabilização de taludes rodoviários, em Mathod, no Cantão de Vaud, Suíça.

O fabrico do cimento passa pela liofilização e estimulação prévia das bactérias, sendo estas depois adicionadas a um líquido contendo ureia e cálcio. Aqueles organismos bacterianos vão então promover a produção, no seio da mistura, de uma proteína que estabelece ligações com o cálcio e origina a transformação da ureia em cristais de calcite.

A calda de bio cimento é depois injetada nos taludes, a uma taxa de 40 gramas por quilograma de solo, originando a formação progressiva de calcite no seio dos terrenos, o que promove o aumento da sua resistência mecânica, impermeabilidade e durabilidade.

Embora a tecnologia tenha ainda sido apenas testada extensivamente em laboratório, são grandes as expetativas no âmbito do projeto piloto em Mathod, que abrangerá cerca de 3 mil metros cúbicos de solo. A verificarem-se os resultados positivos, a Direção Geral de Mobilidade e Estradas (DGMR) estenderá a utilização do cimento com bactérias a outras zonas críticas da região de Rances.

Fonte: EngenhariaCivil.com; EPFL | Imagens (adaptadas): EngenhariaCivil.com; via EPFL

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