Proteção Passiva Contra Incêndio (PPCI)

Prevenção é a melhor forma de proteção.

Em nosso cotidiano, em nosso ambientes de trabalho, locais de diversão, cinemas, boates, restaurantes, museus, ônibus, deveriam ter o ítem segurança listados no topo.

Infelizmente o que ocorre na grande maioria das vezes é o descaso e a despreocupação e quanto a esse aspecto.

A proteção passiva contra incêndios envolve várias medidas, que começam muito antes da sua prática propriamente dita.

A implementação de segurança começa com pesquisas, estudos para identificar as medidas melhores a serem tomadas e que melhores se adequam a determinada situação e lugar; testes de incêndio para testar, certificar a qualidade deste ou daquele produto; medição em testes de laboratório; simulações para teste de desempenho do sistema.

O que é proteção passiva?

Em um incêndio os gases tóxicos e aquecidos que são liberados na combustão causando morte por asfixia, pânico e confusão, a proteção passiva envolve recursos que permitem ganhar tempo, reduzindo os danos de um incêndio ao restringir a sua propagação ao estancar as chamas e fazendo com que o fogo seja extinto o mais rápido possível através do isolamento térmico.

Sistemas de Proteção Passiva Contra Incêndio

O propósito dos sistemas de PPCI é evitar e ao menos reduzir as perdas relacionadas em um eventual incêndio.

Principais objetivos:

– Proteção da vida dos ocupantes;
– Redução da propagação do incêndio;
– Trabalhar em conjunto às operações de resgate;
– Proteção do patrimônio.

Para atingir esses objetivos a proteção passiva engloba medidas de proteção que abrangem o controle dos materiais, meios de escape, compartimentação e proteção estrutural do edifício.

Os sistemas de proteção passiva contra incêndio (PPCI) empregam técnicas que utilizam materiais resistentes à ação do fogo e o recurso da compartimentação para isolar o ambiente evitando que o fogo se alastre ao confiná-lo a um determinado compartimento.

Principais áreas para compartimentação ou isolação em instalações industriais

– Aberturas em paredes, pisos ou tetos onde passam cabos
– Salas ou porões de cabos abaixo de salas de controle
– Subestações elétricas e caixas de força
– Corredores ou túneis de cabos
– Bandejas com cabos sobrepostos
– Shafts de comunicação e controle
– Outros ambientes com grande quantidade de cabos

Principais Tipos de Proteção Passiva

– Envelopamento de bandeja onde utilizamos manta a base de fibra cerâmica ou elastômero para evirar a propagação do fogo eliminando riscos de incêndio que venha do interior cabo (curto circuito).
– São aplicadas nos cabos com equipamentos de pulverização (pistola) ou por trincha.

– Selos e colas metálicas fecham pequenas aberturas sendo que os selos expandem com o calor criando uma barreira de resistência ao fogo.

No caso da compartimentação são empregados sistemas de vedação de passagens de cabos elétricos e dutos.

Todos esses recursos devem fornecer proteção por um Tempo de Resistência Requerido ao Fogo (TRRF), determinado por normalizações e legislações locais, no Brasil normalmente entre 30 e 120 minutos.

A vedação de passagem de cabos elétricos

Em caso de um incêndio os cabos elétricos que são atingidos pelo o fogo e pré- aquecem os cabos próximos emitindo gases e propagando as chamas, a esse processo os especialistas chamam ‘’princípio do calor de reentrada’’, outro princípio envolvido é o de feedback retroativo que se manifesta com a emissão de calor para baixo causando aquecimento contínuo e a dispersão de gases dos isolamentos dos cabos.

No Brasil há uma prática comum nas instalações industriais a qual é empilhar os cabos em uma bandeja. Essa é uma medida contraproducente pois os cabos empilhados uns sobre os outros, não só queimarão, mas o fogo irá se espalhar verticalmente e horizontalmente e de bandeja para bandeja.

A medida recomendada é espalhar os cabos são em uma só fileira e separados um dos outros por uma distância mínima, metade do diâmetro do cabo.
Selagem corta fogo ou Fire Barrier

Estabelecida pela NORMA NBR 13.231, as bandejas e leitos de cabos ao longo das galerias, túneis e alimentação de painéis elétricos, devem possuir barreiras físicas para evitar a propagação do fogo provocado por falhas no isolamento elétrico,…

Selagem corta-fogo nas aberturas em paredes e pisos por onde passam os diversos elementos de edificação nas prumadas devem atender às exigências da Instrução Técnica IT 09/2004 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (Compartimentação Horizontal e Vertical).

O sistema de selagem corta-fogo proporciona 2 horas de proteção ao fogo, atendendo a todas situações encontradas na referida Instrução Técnica.

O fechamento do vão é feito com painéis de lã de rocha. Este produto resiste a temperaturas superiores a 1100 °C.

Sobre os painéis de lã de rocha é aplicada uma camada de argamassa isolante com vermiculita, complementar na função de evitar a elevação da temperatura na face não exposta, bem como de evitar a passagem de gases quentes.

Em vãos de grandes dimensões, com o objetivo de evitar acidentes, a selagem corta-fogo é apoiada em uma estrutura metálica de sustentação, situada abaixo da linha de selagem.

Redação : Equipe Portal Metálica – Lia Gonzaga.
Fonte: Portal Metálica

Compartilhe a postagem:

Pesquisa

Categorias

Categorias

Procurando por algum documento técnico, catálogo ou manual? Conheça nossa seção de downloads.

Artigos recentes

Precisa de ajuda?

Entre em contato conosco e receba uma proposta personalizada. Estamos prontos para ajudar.

Leia também

reforco-carbono-at-6

Reforço estrutural com fibra de carbono: conheça as vantagens

Em um mundo onde a durabilidade e a eficiência das estruturas são fundamentais, a tecnologia de reforço com fibra de carbono surge como uma solução revolucionária. Empresas de engenharia especializadas estão adotando este método cada vez mais. Adoção ocorre devido às suas inúmeras vantagens em comparação com materiais tradicionais como o aço. Este artigo explora por que o reforço estrutural com fibra de carbono é uma escolha preferencial em projetos modernos de engenharia civil. Confira a seguir!

Leia mais »