Engenheiros Civis criam novo método para avaliação da segurança estrutural de edifícios

Equipa de Engenheiros Civis cria novo método para avaliação da segurança estrutural de edifícios

Uma equipa de Engenheiros Civis do Laboratório de Mecânica e Computação Aplicada (IMAC) da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) desenvolveu um novo método para avaliação da segurança estrutural de edifícios, após a ocorrência de sismos.

De acordo com a EPFL, o método criado pelos investigadores permite o aumento da precisão de certos tipos de avaliação referentes à probabilidade de colapso de edifícios e à sua capacidade de suportar réplicas de sismos de magnitude igual ou inferior ao original.
O método baseia-se na medição e registo das vibrações ambientais dos edifícios para aumentar a precisão e rapidez com que a caracterização da segurança estrutural pode ser efetuada.

Embora este tipo de técnicas seja há muito utilizado na avaliação do comportamento estrutural de obras de arte, só agora começa a ser aplicada com sucesso no diagnóstico de edifícios sujeitos a ações dinâmicas de origem sísmica. Até agora, o diagnóstico pós-sísmico de curto prazo, tradicionalmente efetuado após a ocorrência de sismos de grande magnitude, tem confiado em inspeção visual. Como tal, é bastante complexo e subjetivo, implicando a intervenção de especialistas em avaliação estrutural e períodos de tempo que tipicamente variam entre 2 e 3 horas, dependendo da dimensão do edifício.

Outra das grandes vantagens da técnica desenvolvida pelos Engenheiros Civis da EPFL reside no facto de não ser necessário conhecer a condição pré-sísmica do edifício para efetuar a avaliação. Isto é especialmente importante porque a grande maioria dos edifícios não se encontra equipada com sensores que permitam registar em contínuo o comportamento estrutural dos mesmos.

O novo método utiliza sismógrafos portáteis para efetuar medições em 3 ou 4 sensores colocados em pontos notáveis da estrutura do edifício, sendo as vibrações ambientais registadas durante cerca de meia-hora. Os registos são depois filtrados, de forma a separar os sinais resultantes de alterações na estrutura do edifício, daqueles originados por ruído ambiente ou por condições climatéricas. Finalmente, a informação filtrada é inserida num modelo computacional dimensionado para prever a capacidade de um edifício resistir a uma réplica de magnitude igual ou inferior ao sismo original.

De acordo com os Engenheiros Civis do IMAC, o modelo é capaz de prever, com uma precisão de 50% a 100%, a adequabilidade estrutural do edifício para retomar as suas funções. Esta avaliação quantitativa pode naturalmente ser combinada com inspeção visual, de forma a tornar a análise ainda mais completa, reduzindo consideravelmente a incerteza sobre a condição estrutural dos edifícios após a ocorrência de sismos.

Fonte: EngenhariaCivil.com; EPFL; Sandrine Perroud; Mediacom | Imagens (adaptadas): via EPFL

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